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A família de uma mulher de 39 anos que morreu com suspeita de envenenamento por picada de aranha-marrom, em Itapira, acusa o hospital da cidade de falha no atendimento e de falta do soro, apesar de a unidade ser referência em ocorrências com animais peçonhentos.
Ana Paula Topan faleceu na madrugada do dia 9 de novembro, dias após o primeiro atendimento. Em áudio, ela relata que o médico da 1º consulta disse que “não era nada venenoso”. A prefeitura contesta a versão, diz que possui o medicamento e que ele não foi aplicado por orientação do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp.
Sandra Aparecida Topan da Silva conta que a irmã, Ana Paula, foi picada no dia 2 de novembro, sábado, mas não procurou atendimento no mesmo dia pois não sentiu nada na hora.“Ela veio sentir no outro dia. Na segunda de manhã que a perna dela começou a ficar dolorida”, conta a irmã da vítima.
Ana Paula buscou atendimento na quarta, dia 6 de novembro. Nesse dia, mandou áudio relatando o atendimento e o sofrimento pela picada. No entanto, não sabia de qual bicho tinha sido vítima de ataque. Diante disso, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica informa que a orientação é o envio de uma foto da lesão para a equipe possa avaliar, e diante das características do ferimento, o tratamento é indicado.
Como Ana não melhorou com a medicação e pomada receitadas pelo médico na primeira consulta, voltou ao hospital no dia 8, onde morreu horas depois de dar entrada. Familiares e testemunhas contam que nesse dia não havia o soro para tratamento da picada da aranha, e que o medicamento chegou apenas após a morte da paciente.
Pelas redes sociais, a prefeitura negou a falta e informou que a medicação fica disponível na Vigilância Epidemiológica, 24 horas por dias. Em nota, a Secretaria de Saúde de Itapira destacou ainda que o atendimento prestado à paciente seguiu os protocolos do Ministério da Saúde e que no dia 8 de novembro, quando Ana Paula relatou ter sido picada por uma aranha, o hospital acionou o Centro de Informação e Assistência Toxicológica, que contraindicou a administração do soro devido ao fato de a picada ter ocorrido quatro dias antes.
Com informações: G1.
Equipe de Jornalismo Rádio Socorro: Felipe Souza e Mariana Cecilia.